Sentença de morte contra Mursi no Egito preocupa EUA, ONU
e Turquia
Tribunal condenou ex-presidente e 106
apoiadores da Irmandade Muçulmana.
Prática do Egito de julgamentos e sentenças coletivas
é injusta, dizem EUA.
Os
Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas manifestaram nesta
segunda-feira (18) profunda preocupação com as penas de morte proferidas no
Egito contra o
ex-presidente Mohamed Mursi e outros islamitas, enquanto que a Turquia alertou para
uma turbulência no Oriente Médio caso sejam cumpridas.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que vai
acompanhar de perto o processo de apelação contra as sentenças de morte e
defendeu ações que promovam o estado de direito.
O Departamento de Estado norte-americano afirmou que a
prática do Egito de julgamentos e sentenças coletivas é
injusta e muitas vezes usada contra membros da oposição ou ativistas não
violentos.
"Nós estamos profundamente preocupados com mais uma
sentença de morte coletiva proferida por um tribunal egípcio para mais de 100
réus, incluindo o ex-presidente Mursi", disse o porta-voz do Departamento
de Estado, Jeff Rathke, a jornalistas em Washington.
Um tribunal egípcio pediu no domingo a pena de morte
para Mursi e 106 apoiadores da Irmandade Muçulmana, por ligação com uma fuga em
grupo da prisão em 2011. A decisão final é esperada para 2 de junho.
Em Ancara, o porta-voz presidencial da Turquia advertiu
que o Oriente Médio entrará em turbulência se o Egito cumprir as sentenças de
morte. Ibrahim Kalin disse que as sentenças são "uma violação da
justiça" e apelou à comunidade internacional para falar de maneira mais
forte contra elas.
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