Juíza decide que acusado de jogar ácido na ex irá a júri
popular em SC
Homem está preso desde fevereiro em
Joinville e ainda pode recorrer.
Mulher teve 40% do corpo queimado também com óleo e
segue internada.
18/05/2015
15h24 - Atualizado em 18/05/2015
15h24
Juíza decide que acusado de jogar
ácido na ex irá a júri popular em SC
Homem está preso
desde fevereiro em Joinville e ainda pode recorrer.
Mulher teve 40% do corpo queimado também com óleo e segue internada.
Maria teve 40% do corpo queimado e
está há mais de 3 meses internada (Foto: Reprodução/RBS TV)
Acusado de queimar a ex-companheira com ácido e óleo fervente no dia 28 de janeiro deste ano, Lauri Amado de Souza Nery deve ir a júri popular em
Joinville, no Norte catarinense. A vítima, Maria de Fátima Cecílio, que teve
40% do corpo queimado, segue internada sem previsão de alta.
Em audiência na manhã desta segunda-feira (18), a juíza
Karen Schubert, da 1ª Vara Criminal, decidiu pronunciar Nery - com isso ele
passa de acusado a réu no processo. Ainda não foi estabelecida data para o
julgamento. O réu, que está preso desde fevereiro no Presídio de Joinville,
ainda pode recorrer da decisão.
Maria de Fátima teve 40% do
corpo queimado
pelo ex-companheiro em Joinville
(Foto: Reprodução/RBS TV)
pelo ex-companheiro em Joinville
(Foto: Reprodução/RBS TV)
O crime aconteceu um mês depois de Maria terminar o
relacionamento com Lauri Amado de Souza Nery, no dia 28 de janeiro. Maria e a
filha Camila estavam dormindo quando a casa teria sido invadida pelo homem.
"Ela berrava muito alto e eu saí correndo para ver
o que era. Quando eu cheguei, ela estava com a mão no rosto, pedindo
socorro", contou a jovem na época.
Ex-companheiro
foi preso
Nery foi preso preventivamente cinco dias depois por tentativa de homicídio, ameaça e lesão corporal. À polícia, ele alegou que ferveu o óleo para fritar uma massa e que o líquido acabou caindo na ex-companheira acidentalmente.
Nery foi preso preventivamente cinco dias depois por tentativa de homicídio, ameaça e lesão corporal. À polícia, ele alegou que ferveu o óleo para fritar uma massa e que o líquido acabou caindo na ex-companheira acidentalmente.
Réu está preso do Presídio
de Joinville
(Foto: Reprodução/RBS TV)
(Foto: Reprodução/RBS TV)
“Ele disse que jogaria esse material em cima dos cães da
casa porque estava com raiva da companheira”, disse a delegada responsável pelo
caso, Tânia Harada.
A perícia comprovou que, além de óleo, um ácido foi
jogado sobre Maria de Fátima. “Ele entrou na casa já munido desse ácido, e
realmente aqueceu a panela lá. Estava determinado a cometer um homicídio”, diz
a delegada.
Camila socorreu a mãe e
tambem carrega marcas
(Foto: Reprodução/RBS TV)
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Filha
socorreu a mãe
Foi Camila quem socorreu a mãe, e até hoje carrega as marcas de queimadura. Antes uma mulher vaidosa, Maria de Fátima sequer pode mostrar o rosto hoje.
Foi Camila quem socorreu a mãe, e até hoje carrega as marcas de queimadura. Antes uma mulher vaidosa, Maria de Fátima sequer pode mostrar o rosto hoje.
“O olho esquerdo ela perdeu totalmente. Vamos colocar
uma prótese mais adiante. No olho direito ela vai ter que fazer transplante de
córnea”, conta a filha.
Os enxertos de pele não têm dado certo. Os rins de Maria
pararam e ela precisou fazer hemodiálise. Também teve anemia – só se alimenta
por sonda – e uma infecção. “É difícil, dá um aperto no coração porque a gente
vê ela na cama e não tem o que fazer”, diz Camila.
0 Comentario